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domingo, 26 de junho de 2022

Euxesta - A Saga


Euxesta sp


Euxesta sp. "da 0:00h"


Ela veio e ficou...

Rodeou a base de minha taça,

balançou as asas, tremulou...

Com a ponta de um dos dedos, aproximei...

Tentei tocá-la, recuou...

Dei mais um gole, 

até parece... ela me olhou!!!

Com a ponta do dedo, uma só gotinha,

no guardanapo, bem ao seu lado...

eu sei... ela gostou.

O que ela faz aqui, não sei.

Um milharal é tão distante...

mas ela gostou do meu espumante...

Talvez queira ser Deus, 

por um instante...

Talvez, como eu,

somente admoestar um ignorante.

Talvez, enquanto Deus,

esmagar os intolerantes...

por um rompante...

ou apenas se entorpecer, sem fazer nada.

Seja o que for, que aqui a trouxe...

Bem vinda, companheira da madrugada...


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Euxesta sp.


Euxesta sp. "Ah, não! Ah... ok!"


Agora ela exagerou!

Tomou conta da minha taça...

aos prazeres, deleitou...

"Milho!? Uma ova!"

Para a vida plena, ela acordou.

Até tentei espantá-la;

ela voltou...

Rapidamente, eu percebi...

"Que direitos tenho, 

sobre a vida deste ser?"

É tão pequena, quase despercebida,

silenciosa como a noite,

e no silêncio, noite a dentro...

"curta seus minutos, e eu, os meus..."

Levantei-me, placidamente...

"Aproveite, talvez seja seu último dia,

de repente..."

Outra taça, eu me servi... 

e com ela, até brindei!

Com o tilintar, ela, assustei...

Agora eu sei... ela me olhou!

Rapidamente suas asas tremulou,

mas ali mesmo, parada, ela ficou.

Bem devagar, deitei a taça...

e deslizando pela transparência,

o líquido translúcido, rosé,

a brindar sua inocência,

a última gota a alcançou...

E ficamos nós, tão distintos,

egrégios da madrugada,

indiferentes às nossas diferenças...

por um momento, quase tive certeza... 

em meio a um gole tão minúsculo,

tão prazeroso, tão singelo...

carraspana, bebedeira,

talvez até um presságio obscuro...

sua dança trêmula, feito bandeira... 

Ah, ela olhou em meus olhos!

E algo, sei, ela quis dizer...

talvez um alerta...

Ou insulto?

Pouco importa...

se neste mundo...

um pensamento, por mais profundo,

tem um efeito tão vagabundo...

Ah, faz de mim seu confidente!

Conte-me, enfim, o que essa gente,

que tanto vangloria ser diferente

- "somos o bem... vocês, o mal!" -,

quer do mundo, pra si, afinal...

e que o resto, desgraçadamente,

lamba as latas de lixo...

angustiadamente...


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segunda-feira, 15 de novembro de 2021

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Muito do que sou hoje, devo a essas pessoas, essas bandas, seus poemas rodados em vinil, à velocidade suficiente para fazer-nos pensar... e pensar mais e mais... e a buscar por informações, a ler, a perceber, a agir... a ser... O Punk, acima de tudo, é arte. E arte é a base da capacidade de discernimento. Arte crua, nua, violenta na medida certa... clara, certeira... Alguém, há poucos meses, quis me convencer que a música passa por seu momento mais criativo... Hoje? Ah, tá... Vamos falar da nossa gente brazuca... e não do punk, mas de toda uma leva de bandas com algo muito, mas muito além de peitos & bundas... A você, que disse essa sandice, tenho a dizer, simplesmente, que nunca ouviu nada dos anos 80 e 90, que não fosse o lixo radiofônico de sempre.. só isso. Nunca ouviu Virna Lise, Vzyadoq Moe, Patife Band, Picassos Falsos, Mercenárias, Sexo Explícito, Skowa e a Máfia, Hojerizah... Os Mulheres Negras, Akira S e as Garotas que Erraram... Black Future, Cabne C, Defalla, Crime, Felline... Língua Chula... Você não sabe é de nada! Só isso... ...






domingo, 2 de maio de 2021

BATO PALMAS PARA AUGUSTO

Uma das minhas grandes influências... Augusto dos Anjos, nascido em 20 de abril de 1884, faleceu jovem, vítima de uma pneumonia - possível complicação de um quadro asmático -, aos seus, apenas, 30 anos... dois anos após o lançamento de seu único livro, "Eu".

Morreu decepcionado com o "fracasso" de seu próprio livro... 

Hoje, "Eu" é um das obras poéticas mais reeditadas do Brasil.


"Quando pararem todos os relógios
De minha vida, e a voz dos necrológios
Gritar nos noticiários que eu morri,
Voltando à pátria da homogeneidade,
Abraçada com a própria eternidade
A minha sombra há de ficar aqui!"
(trecho de "Debaixo do Tamarindo", Augusto dos Anjos)



BATO PALMAS PARA AUGUSTO


(Escrito em 08/04/2018)


Hoje resolvemos sair... a demora é a arte das esposas, a fim de polir a paciência dos maridos.

Enquanto aguardo a mulher... 'bora' ler uns trechos de um "vagabundo nordestino", "anônimo" ridicularizado pela elite literária brasileira, a qual incluía Olavo Bilac, que, diante a cegueira elitista, incapaz de reconhecer a genialidade poética, zombou da morte de um colega, pelo simples fato de ser parte dos "excluídos"... história que permeia a elipse cataclística do DNA da classe dominante... 

E quando falo de classe dominante, não falo de 'gente normal', como nós, falo dos bilionários que dirigem - às escusas - todas as "máquinas" do poder vigente... ou, na arte, dos idolatrados, levantados em egoicos púlpitos, altares do egoísmo doentio.

Somos alguma espécie de afídeo que sustenta o grande formigueiro, de uma sociedade onde as 'rainhas' zombam de nós e as 'operárias' sentem-se importantes em servi-las...

Augusto dos Anjos somente fora reconhecido quase uma década depois de morto...

E a disparate vomitada de Bilac foi algo como: "Tinha mais é que morrer mesmo, só assim não nos obriga a ler esses lixos" ... ou, de forma mais 'bonitinha': "Fez bem em morrer, não se perde grande coisa"... não se sabe, ao certo... e não valeria a pena saber...


"Quebrei a imagem dos meus próprios sonhos!" (Augusto dos Anjos, em Vandalismo)

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Eu


terça-feira, 20 de abril de 2021

POR TODO O MAL QUE HÁ EM VÓS


Por todo o Mal que há em vós


Quando a necessidade de autoafirmação é muito explícita, há implícito uma chaga que corrói a consciência.

Se realmente sois bons e fazeis o bem, não há necessidade alguma de sair por aí bradando isto...

Não podeis alcunhar-vos "gente de bem", quando desejas o mal.

Seguistes pelo mesmo caminho, uma vida toda, e agora quereis redenção gratuita, escondido debaixo deste manto politiqueiro ou de alguma bandeira, de uma causa qualquer, como se fosse a capinha do Harry Potter... um Quantum Stealth bem vagabundo...

Não há um manto da invisibilidade que ludibrie a consciência. Podereis ser invisível em vossa loucura... podereis deleitar vosso ego... mas jamais traireis, efetivamente, a verdade interior.

Nenhuma oração, entoada com tamanha falsidade, pode salvar-vos do mal. Não há um São Cipriano ou Arcanjo Miguel que compactue com essa sandice... e o mal, enfim, sempre notará vossa presença.

E temos em vós, parte desse povo que vemos por aí... um pêssego grande e bonito, que quando você morde, está podre, bem lá dentro, perto do caroço...

Quando a necessidade de autoafirmação é muito explícita, vê-se nítida uma falsa virtude que personifica o verdadeiro Mal.

O mal, disfarçado de bem, é o Mal apoiado em alguém...

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O Mal


sábado, 17 de abril de 2021

BARULHINHO


Barulhinho

A Arte é como a Paz...

Por vezes, encontramo-la no silêncio...

outras vezes, no barulho bem feito...

prensado em vinil...

Não gosto muito do silêncio

e encontro a Paz...

e também, muita Arte,

no Barulhinho riscado em disco,

ora sutil, ora explosivo e até violento!

Vai-se embora todo o meu tormento,

com o ruído que a agulha,

no sulco faz.

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disco


sábado, 12 de dezembro de 2020

A FONTE DAS GAROTAS CERTAS


A FONTE DAS GAROTAS CERTAS


A Arte é alheia ao tempo... a Arte não foi, ela é... 

Alguém, em uma conversa, lembrou da obra "A Fonte", de Duchamp... Logo, veio-me à mente a banda paulistana dos anos 80, cuja capa de seu disco faz referência à obra. 

"Akira S & As Garotas Que Erraram"... 

Estes usaram do mesmo conceito "subversivo", na concepção de uma obra inovadora na música brasileira. 

Com letras inusitadas e de certa complexidade, um tanto desconfortáveis - por tirar-nos do elo comum -, usa do baixo elétrico como base de concepção, cuja força, calcada em timbres e texturas precursoras de um conceito às avessas, um tanto "antiguitarrístico", propele sons em "perfeita" contramão, atropelados por um vocal visceralmente desesperado, desconexo e estridente, grunhindo belamente - como se isso fosse possível - coisas do tipo: "o meu amor serrano desceu pelo cano/o meu amor praieiro dançou, salvo engano"... ou: "você dirige o automóvel, eu lhe dirijo argumentos"...

Letras fortes, despretensiosas e poeticamente lindas. 

O disco é um marco quase "desconhecido" na música brasileira. 

A capa, de incomum criatividade, com texturas e materiais distintos, entre plástico e papel, faz desta própria uma perfeita poesia textural, como se as digitais fossem olhos, como se um cego usasse dos dedos, do tato, e lesse um lindo poema em braile.

Akira S & As Garotas Que Erraram não é um prato de arroz com feijão e ovo frito, que você mastiga e engole rapidamente...

Apreciar a arte exige um paladar apurado... 

Digerir a arte - indigesta, para muitos - exige tempo...

Akira S & As Garotas Que Erraram é arte, na sua mais pura essência...

Mas... "Você diz a verdade quando mente"...

E "Engano/ seguido de enganos/ seguidos de planos/ que referendam os enganos/ Lato sensu"...

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domingo, 29 de novembro de 2020

A ARTE E O PRODUTO

A ARTE E O PRODUTO


Os melhores nunca estão e nunca estarão em destaque nas grandes prateleiras da cultura universal... A não ser que estejam à venda. E a arte feita para estar à venda não é arte, é produto.

Muitos dos grandes morrem e morrerão no mais completo anonimato.

A arte é alma exposta...

A arte não é matéria-prima dialetalmente e sistematicamente manipulada para agradar.

Augusto dos Anjos foi ignorado e morreu no anonimato. Muitos não sabem quem é Robert Fulghum ou quem foi Vladimir Voinovich... e tantos outros, ainda mais esquecidos... por certo, nunca saberão...

E é assim... A arte desvirtua... A vida perde. 

E assim é na literatura, na música e em tudo, em todo o resto... Aquilo que está muito exposto, geralmente não é arte... É produto.

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domingo, 25 de outubro de 2020

OS SEGUIDORES DE ONDAS / O EPISTÊMICO E A PANDEMIA PSICÓTICA


O EPISTÊMICO E A PANDEMIA PSICÓTICA


O ser humano – diferente dos demais seres da Terra – por muitas vezes é levado a acreditar em algo que sequer consegue entender realmente...

Por este motivo, muitas vezes – na vida – cruzamos com pessoas que acreditam estar seguindo um caminho por vontade própria, segundo suas convicções e particularidades, quando, no entanto, "seguem uma onda", imitando inconscientemente a vontade, os hábitos e costumes, o estilo de vida e a personalidade de outros...

Por isso nos decepcionamos muito, com muitos.

Por isso é tão efêmera, e ao mesmo tempo resiliente, a cultura de um povo.

O que chamamos de evolução cultural é uma transgressão da essência da natureza humana.

Não são poucos os volúveis de personalidade...

Por isso sempre encontramos no passado a quintessência da cultura que vivemos...

Sempre vamos encontrar decepção nas pessoas tão atreladas à moda e volúvel em sua essência... nas que vivem arraigadas a um momento, resignados pela futilidade de estar em voga.

Estes – com os quais nos decepcionamos – são os Seguidores de Ondas.

Saia dessa psicose, livre-se dessa espécie de ecopraxia... essa subserviência pueril...

Siga o seu caminho, acredite piamente nos seus projetos...

Cada um de nós estará verdadeiramente certo, quando realmente estiver dentro de seu verdadeiro caminho...


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quarta-feira, 8 de julho de 2020

BUKOWSKI


BUKOWSKI


Charles Bukowski confiava nos gatos, mas nunca – ou muito raramente – nas pessoas.

Passou grande parte de sua vida, só, entre um gole e outro, alguns livros, seus pensamentos e as verdades nuas da essência humana, que ninguém jamais ousara ver, refletir ou falar abertamente sobre.

Bukowski foi um murro na boca do estomago!

Não foi uma pessoa fácil e não veio ao mundo para agradar.

Morreu em 1994... mal presenciou a internet e jamais poderia imaginar o que viria ser os smartphones e o impacto que exerceriam na moderna e desastrosa vida (???) humana...

Bukowski não viu o futuro e pouco se importava realmente com isso... mas pode prever a que ponto da mazela social a humanidade desceria...

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BUKOWSKI


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Charles Bukowski - This Flag Not Fondly Waving
(from 'The Continual Condition', 2009 – livro póstumo)

"Esta Bandeira Não Acena Carinhosamente"

"agora são computadores e mais computadores
e, em breve, todos terão um...
crianças de 3 anos de idade terão computadores
e todos saberão tudo
sobre todo mundo,
antes de conhecê-los
e, portanto, não quererão encontrá-los.
ninguém mais vai querer encontrar
mais ninguém...
e todos serão
reclusos,
como eu sou agora."

...

"now it's computers and more computers
and soon everybody will have one,
3-year olds will have computers
and everybody will know everything
about everybody else
long before they meet them
and so they won't want to meet them.
nobody will want to meet anybody
else ever again
and everybody will be
a recluse
like i am now."


terça-feira, 12 de maio de 2020

ALGUÉM LÊ?



ALGUÉM LÊ?

É uma pena que quem deveria ler, não lê...
... e se lê, não entende...
... e se entende, finge que não leu...

Infelizmente...
Infelizmente, mesmo!

É incrível e inacreditável, em um mundo tão globalizado e de informações tão difusas...
... ter tudo tão às mãos e tão fácil...
... e ver tantas pessoas acreditando em tanto absurdo.
Não sei se imbecilidade chega a ser tão ofensivo...
... sinceramente, acho, inocência, muito mais...
... pois não vejo como ser tão inocente, com tanta informação...
É simplesmente lastimável!

Deplorável mundo desgovernado!

Ter "memes" como única fonte de informação?

E assim seguimos...
... e vamos de encontro a um futuro caótico...

E continua tudo igual...
... poucos leem... 
... dos que leem, poucos entendem... 
... e dos que entendem...
... poucos darão importância...
... e muitos fingirão que não leram.

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sexta-feira, 12 de julho de 2019

A GENIALIDADE


A GENIALIDADE 


* Dedicado a Wander Wildner 


Estive pensando... refletindo sobre a genialidade...

Sabe, não sei bem ao certo como, mas antes de nascermos temos dois grandes caminhos a escolher... após estes, podem haver outros pequenos caminhos, moldagens da personificação humana...

Antes de concluir, vamos voltar ao ponto de partida desse grande - digamos - dilema: estive pensando em todas as pessoas que considero geniais, aquelas grandes personalidades que tanto admiro - às vivas, peço humildes desculpas; às que se "foram", reverencio - ... pois bem... os dois grandes caminhos são de escolha única e pessoal... parece que, infelizmente, você não pode tomar um caminho e, lá pelas tantas, decidir voltar para seguir pelo outro. É uma linha reta, sem volta.

Acredito que, se a nós, naquele instante, houver consciência, é um momento de grande hesitação...

Bonito ou Gênio?

Ou você virá ao mundo agradando a todos com sua fútil beleza física, sua conversinha suave e agradável - vazia, no entanto -, concordando com tudo e com todos, "dançando conforme a música", susceptível instrumental aos ardilosos... ou virá como farpa na mente dos estultos.

Aos padrões instituídos, firmados aos interesses da grande e preponderante máquina dogmática, ou você é "bonitinho"... ou você é "genial"(!) ...

E quando você é genial, beleza é transcendente, metafísica... epistêmica.

Por fim, o genial é belo por sua própria essência; a dicotomia absoluta, aversa à beleza fútil.

O genial é belo...

E este é o genial Wander Wildner... 

A genialidade sempre é desprezada...

deixada de lado...

incomoda... 

ameaça...


(Texto escrito após assistir a um vídeo de Wildner, sobre a felicidade)


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sábado, 17 de novembro de 2018

CEGOS POR IMPULSO / PARABÉNS AO GRANDE MESTRE

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CEGOS POR IMPULSO


É uma pena as pessoas serem tão cegamente ludibriadas
e lutarem por causas que não são, realmente, suas
e, assim, deixarem-se levar por essa lavagem cerebral,
esse marketing dominador invasivo,
que as joga de encontro a uma reação,
um abismo profundamente inconsciente...
... é muito triste...




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PARABÉNS AO GRANDE MESTRE 


Grande Hermeto!!!

A verdadeira alma da cultura brasileira, atropelada pela ganância do vazio da dita "cultura popular" ...

Um país que despreza suas riquezas, sejam elas de cunho econômico, social ou cultural, é um país realmente pobre... um povo subjugado ao domínio da cultura estrangeira, da economia globalizada, dotado de uma arrogância elitista e reduzido a um extremo vazio social...

E viva Hermeto Pascoal!

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A PROSTRAÇÃO MENTAL, A IMPASSIBILIDADE E O DESAMOR


A Prostração Mental, a Impassibilidade e o Desamor


(Texto publicado no Jornal Folha do Sudoeste, 10/11/2018)


Passou-se o dia 29 de outubro, Dia Nacional do Livro...

Em meio ao tumultuado cenário político, a data passou despercebida. 

Um amigo, em resposta a uma postagem que fiz sobre este dia, em uma rede social, chegou a citar: não vi um professor fazer qualquer menção ao dia do livro! Verdade; poucos se lembraram... assim como poucos, durante todo este percurso envolvendo as eleições, lembraram-se da ética, do respeito, do bom senso, da moral... até o bom humor deixaram de lado! Poucos conseguiram perceber a cegueira psíquica que assolou em terrenos virtuais e físicos. Vimos pessoas abraçando e defendendo uma causa que não lhes condiz.

Acreditava-se em tudo, qualquer bobagem virava argumento pertinente. Uma mentira escancarada era aceita prontamente e espalhada aos ventos, tão maciçamente e de forma tão repetida, que passava a ser a verdade absoluta. Os então chamados Fake News, com vídeos de alta qualidade de produção e edição, obviamente de alto custo e financiadas por alguém, circulavam feito um ataque de hacker à mente das pessoas. Outros, tão mal editados e visivelmente manipulados, vergonhosamente, também ganhavam a credibilidade de muitos... e era triste ver pessoas, algumas de tão boa formação, acreditar em algo tão infame, tolo e estulto.

Nota-se claramente a falta de um bom livro... de alguns, na verdade!

Mesmo tendo a internet em mãos, de onde, em apenas alguns poucos minutos de pesquisa, era possível desmascarar centenas dessas falsas verdades, muitos não o fizeram... era mais fácil acreditar na enxurrada de mentiras que vinham de encontro ao agrado de seu próprio ego. É aí que entram os bons livros...

A literatura, o hábito da leitura e, principalmente, a diversificação dessas obras cria uma rede própria de discernimento, uma aptidão pessoal para avaliar cada momento, cada informação, com mais clareza e sensatez e, dessa forma, poder hesitar, discordar e perceber com mais perspicuidade; duvidar, questionar e, por fim, buscar conhecimento para poder certificar se a informação que lhe chega é verídica, real e se merece ser relevada e retransmitida, de acordo a sua percepção ética e moral.

Acreditar cegamente, seja no que for, é subjugar-se à submissão.

A subserviência é a mazela do povo.

Temos que manter a lucidez acima de paixões e ódios...

Temos que perceber o quão distorcido tudo, as histórias e informações, sempre chegou a nós. A história se repete a cada instante, com poucas particularidades, adaptadas cada uma a seu tempo, a sua época e às pessoas envolvidas. É possível perceber um modus operandi de determinados grupos, detectar imperfeições táticas no desenrolar dos fatos e olhar o jogo de fora, atento às ambiguidades recorrentes em noticias muito impactantes ou polêmicas.

Na política, tudo é contencioso.

A internet está estupeficando o povo. É esta a nova máquina doutrinadora.

Tornou-se tão fácil e barato manipular maciçamente as pessoas, que o exemplo está aí...

Pudemos ver milhares, muitos dos nossos amigos, parentes e pessoas próximas, tão passivamente, em uma espécie de inércia mental, entregar-se ao proselitismo, abraçarem uma causa e agir com tamanha intransigência, uma intolerância e aversão únicas da estupidez.

Um verdadeiro blecaute mental, uma apatia da razão. A abnegação do seu verdadeiro estado patriótico. Um ufanismo avesso às verdadeiras necessidades públicas.

Vimos a imprudência, a insensatez social, estampada em cinismo.

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sexta-feira, 16 de novembro de 2018

CANTE E DANCE


CANTE E DANCE


Não se esqueça que a pseudo-arte sempre foi usada como mecanismo de doutrinação popular...
A música é, sim, uma forma de aprendizado, 
de incutir ideias, 
de manipular positivo ou negativamente a personalidade
e o inconsciente coletivo...

A "cultura burra" gera povo estúpido... 
infelizmente...

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