sexta-feira, 16 de agosto de 2019

"CARAS COMO EU"


"CARAS COMO EU"


Alguém postou um vídeo em um grupo, em um certo aplicativo... uma reportagem que outros amigos, em outros grupos, já haviam postado... e que eu lembrei que já havia assistido há quase uma década...

Este não havia dizeres, só o vídeo... Mas eu havia recebido, dias antes, o mesmo, com dizeres direcionados, com positividade, ao governo atual... aquelas coisas chulas com bordõezinhos vergonhosos, do tipo: "golaço do presidente", "mito" ou outra jactância típica de uma isquemia cerebral momentânea (assim espero)...

Neste caso, só citei: "Esta reportagem foi por volta de 2010"... só isto, simples, informativo, nada mais...  mas foi o bastante para inflamar o estopim reativo e desencadear a balbúrdia mental da irracionalidade egoica, muito comum por trás do escudo virtual a que o brasileiro, mais que qualquer outro povo, se apoderou e "tomou gosto" nos últimos anos...

"Não interessa..." veio feito pedras jogadas por um moleque mal-criado, em um cachorro de rua... 

Ri sozinho... "coitado, deve ter algum problema", pensei... Não dei muita bola, estou acostumado com gente de pouca circunspecção... mas tentei explicar, em poucas palavras, o que havia por trás daquele tema, de onde advinha e que alguns estavam veiculando o mesmo vídeo como se fosse atual; enfim... Claro que meu lado sarcástico não ficou calado, nem deveria... mas não dirigi qualquer sarcasmo diretamente a ele, senão a nosso presidente... e foi tipo "chutar o meio das pernas de um e acertar em cheio a boca de outro"... o que posso fazer? ... há! há! há!...

"Caras que nem você devia ir embora do Brasil", foi o que veio de imediato... obviamente, mandei-o à merda... imbecilidade tem limite!

Mas fico curioso... "caras que nem você"? Como assim? O que são caras como eu? Gente com discernimento entre certo e errado, que combate fake news e não aceita mentiras a benefício do que ou quem quer que seja? Gente com o mínimo de inteligência pra não ficar batendo "palminhas" ou ficar fazendo sinal de "arminha" com as mãos para toda e qualquer estupidez, a cada incivilidade, desferida feito estrume lançado pelo reto de uma vaca, galreado pelo presidente? Rapaz... começo a ficar lisonjeado... Caras como eu... Obrigado!

Essa burrice de ficar tagarelando coisas como: "torcendo contra", "protegendo o PT", "esquerdista"... Cara, pense por si! Livre-se desses chavões... isso é triste...

Caras como eu pouco se importam se o presidente é um "molusco", uma "anta" ou uma "besta"...

"Caras como eu" não estão "torcendo contra", estão exigindo atitudes e posturas condizentes a um chefe de estado, não a um moleque que passa o dia "defecando" suas irracionalidades em redes sociais, disseminando falsidades e balbuciando hipocrisias, e o pior: incitando seus sectários contra aqueles que pensam diferente ou não aceitam cegamente seus delírios.

Caras como eu não protegem partido político ou seus personagens... o fato de desmentir fake news ou postagens tendenciosas não faz de ninguém um partidário ou sequer indica lateralidade política, que aliás, caras como eu pensam ser de extrema estupidez lutar pela obstinação doentia de outros.

Caras como eu concordam com Orwell e sabem que a verdadeira mudança ou revolução só será efetiva quando nascer "de baixo", pela vontade real e pelos ideais do povo, e não imposta ou tendenciosamente dirigida de "cima", por um pequeno grupo, sectários psicóticos.

Caras como eu querem um mundo melhor...

Caras como eu esperam o mínimo de ética, sensatez e decoro daqueles que nos representam...

Caras como eu sabem que há uma diferença muito grande, distorcida por essa animosidade político-econômica, entre realidade socioeconômica e ganância mercadológica.

Caras como eu leem a Bíblia e, sem medo ou dogmas, leem LaVey... compreendemos a ambiguidade...

Caras como eu foram ler a Constituição Federal para compreender - em seu art. 194 - a "diferença" entre Seguridade e Previdência Social... e foram capazes de assumir e redimirem-se de um erro de interpretação...

Caras como eu não concordam que os fins justificam os meios... concordam, sim, com os escritos de Maquiavel no sentido de que o "vulgo" - o povo - "sempre se deixa levar pelas aparências e pelos resultados".

Caras como eu acham ridículo e inaceitável, pelo motivo que for, um representante máximo de um país ir a público e bradar extasiadamente: "Eu ganhei porra!" (assim mesmo, sem vírgula)... sei lá, na hora até pensei: "Nossa, alguém deu uma ejaculada na cara do presidente... E ele gostou!" ... deve ter sido o Frota... há! há! há! ... e não deve ter ligado no dia seguinte, nenhuma mensagem, nem um emoji com coraçãozinhos, nada!... deve ser por isso que está sendo afastado do partido... há! há! há!...

Ah, meu caro...

Caras como eu...

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terça-feira, 6 de agosto de 2019

ENTRE SANGUE E FARPAS


ENTRE SANGUE E FARPAS 


Quando escrevo, eu rasgo palavras...

Na verdade, nunca compreendi, verdadeiramente, o que escrevo...
mas eu insisto no que digo!

Soar simplório é ingenuidade...

Não me importo com as mãos sujas de sangue.

Farpas penetram em minha mente...

por vezes falha...

por vezes mente...

por vezes...

sente...

e cala.

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AS PEQUENAS ATITUDES



AS PEQUENAS ATITUDES




(Texto escrito para a "Coluna Pet" -
 Jornal Folha do Sudoeste, Fco Beltrão/PR, 
em 24/10/2008)



“Foi difícil aprender que a gente tem que respeitar a realidade; e mais difícil foi aprender que ela não tem nenhum motivo para nos respeitar” (Eduardo Galeano).


Não canso de repetir que a falta de atitude em relação a coisas tão pequenas nos fará, algum dia, pecar por coisas maiores.

Dirigidos pelos insistentes discursos jornalísticos – ora tendenciosos, ora omissos da verdade – ou por mera “preguiça do pensar”, guiados pela opinião de alguns dos milhares de “especialistas” no assunto, reclamamos a todo instante do descaso e corrupção política, mas em contrapartida, nada fazemos para as coisas serem diferentes.

Que exemplo damos a nossos filhos, omitindo ou mantendo-nos omissos às coisas cotidianas, varrendo – “quando varremos!” – pequenas sujeiras “para debaixo do tapete”?

Vamos ser sinceros: será que não participaríamos das mesmas barbáries, se estivéssemos na mesma posição que nossos “tão respeitados” políticos? Se somos capazes de subornar um guarda, furar uma fila no banco ou, simplesmente, deixar de coletar, das calçadas, as fezes de nossos cães… duvido se não seríamos apenas mais uns, no meio da alcateia política.

Na verdade, falamos demais...

Às vezes, manter-se calado é uma grande virtude.

O silêncio é o ouro dos pobres”, enfatizou Chaplin, com sua simples e modesta genialidade.

Todos adoram opinar… todo mundo opina, critica, acusa e, em pouco tempo... esquece…

As pessoas, em geral, apegam-se às notícias menos importantes à sociedade.

Não tenho muita opinião sobre essas pequenas fatalidades que vemos nos jornais... aliás, respeito a dor dos familiares, mas creio que esse martírio de informações saturadas beira à “banalidade das telenovelas jornalísticas”, e eu, com minha vida simples, nada tenho a ver com isso. Não quero saber de quem foi a culpa, quem jogou a menina da janela, se a bomba estourou antes ou depois de algum disparo de arma de fogo… É trágico? Claro que sim! Mas ninguém mais, além da justiça e daquelas poucas pessoas envolvidas, tem a ver com aquilo tudo.

Ninguém sabe o que se passa com sua própria vida, com seus familiares, em sua casa… mas o interesse pela vida alheia, a vontade utópica de estar envolvido, de alguma forma, com fatos que fogem à sua realidade, de quebrar a barreira da individualidade, da particularidade dos problemas de um terceiro, é um alarde popular.

Mas sei que isso é um fenômeno universal humano. Não é exclusividade de nós, brasileiros…

O ser humano é mesmo assim…

Agir de forma segura e prudente, antecipando-se a uma possível falha que possa causar acidente, não faz parte do cotidiano do povo brasileiro. Não temos vulcões, terremotos, maremotos, furacões ou qualquer outro fenômeno de maior gravidade, senão, seria nosso fim.

Sei que – infelizmente – somos assim: só tomamos atitude depois do pior ter acontecido. É quase um atestado de burrice, cultural do povo brasileiro. “A cultura da estupidez”.

Só passamos a usar o cinto de segurança, quando começamos a receber multas…

Prestem atenção no mal cheiro que exalam os bueiros no centro da cidade. O motivo são os dejetos lançados, de forma irregular, em tubulações de água pluvial.

Não interessa o bem-estar, a saúde, o meio ambiente ou sequer o bom senso. Somos, assim: irresponsáveis, corruptos, inescrupulosos e não estamos nem aí para os problemas que afetam toda uma sociedade. Contanto que, de alguma forma, individualmente, favoreça-nos... tudo certo!

Aquela velha mania, de esperar que os outros façam primeiro, ou de pensar: “ah, todo mundo faz”, “é só uma coisinha de nada”, “do que adianta eu me preocupar, ninguém respeita mesmo!”, é o problema de tudo que sofremos. É um problema de centenas de anos, herança de nossa colonização. Quem povoou as terras brasileiras veio atrás de riquezas, bem no estilo “custe-o-que-custar”, o mesmo estilo que vivemos até os dias de hoje. Não tinham cultura, educação ou o hábito da leitura, e não tinham outra opção de escolha.

O mesmo se faz, atualmente, com as raças dos cães: usa-se, como matrizes, os cães que atendam as necessidades de mercado: os mais dóceis, os que latem menos, os menores, os ainda menores… ou seja lá a mania que esteja na moda, “na onda” do momento, não importa a saúde e o bem-estar do animal.

Fala-se em meio ambiente, mas nada se faz, efetivamente, a favor.

Compra-se um papagaio ou uma tartaruga, sem registro... de forma ilegal, um animal oriundo do tráfico, porque custa mais barato; não importa se foi retirado de seu ambiente e transportado em fundo falso de mala ou dentro de tubos de PVC, enrolados em gaze, e com alto índice de mortalidade... pouco importa!

Assim somos nós: herança de um povo sem cultura, oportunista e sem qualquer escrúpulo.

E o que fazemos para mudar essa situação?
Absolutamente nada!

Nossos filhos estão aí, assistindo nossas atitudes, aprendendo nossos erros e manias (e não, infelizmente, “aprendendo com”).

Lamentavelmente, estamos seguindo o mesmo caminho que nossos colonizadores... e estaremos nele até que as pequenas atitudes façam a diferença.
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sexta-feira, 12 de julho de 2019

A GENIALIDADE


A GENIALIDADE 


* Dedicado a Wander Wildner 


Estive pensando... refletindo sobre a genialidade...

Sabe, não sei bem ao certo como, mas antes de nascermos temos dois grandes caminhos a escolher... após estes, podem haver outros pequenos caminhos, moldagens da personificação humana...

Antes de concluir, vamos voltar ao ponto de partida desse grande - digamos - dilema: estive pensando em todas as pessoas que considero geniais, aquelas grandes personalidades que tanto admiro - às vivas, peço humildes desculpas; às que se "foram", reverencio - ... pois bem... os dois grandes caminhos são de escolha única e pessoal... parece que, infelizmente, você não pode tomar um caminho e, lá pelas tantas, decidir voltar para seguir pelo outro. É uma linha reta, sem volta.

Acredito que, se a nós, naquele instante, houver consciência, é um momento de grande hesitação...

Bonito ou Gênio?

Ou você virá ao mundo agradando a todos com sua fútil beleza física, sua conversinha suave e agradável - vazia, no entanto -, concordando com tudo e com todos, "dançando conforme a música", susceptível instrumental aos ardilosos... ou virá como farpa na mente dos estultos.

Aos padrões instituídos, firmados aos interesses da grande e preponderante máquina dogmática, ou você é "bonitinho"... ou você é "genial"(!) ...

E quando você é genial, beleza é transcendente, metafísica... epistêmica.

Por fim, o genial é belo por sua própria essência; a dicotomia absoluta, aversa à beleza fútil.

O genial é belo...

E este é o genial Wander Wildner... 

A genialidade sempre é desprezada...

deixada de lado...

incomoda... 

ameaça...


(Texto escrito após assistir a um vídeo de Wildner, sobre a felicidade)


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sexta-feira, 26 de abril de 2019

A CASA ABANDONADA


A CASA ABANDONADA


No inverno de 1989, passei em frente a uma casa abandonada... havia folhas secas por todo o chão e o mato começava a tomar conta do jardim... folhetos e envelopes espremidos escapavam pela fresta da caixinha de correio. Pelo reflexo dos vidros empoeirados de uma das janelas, era possível ver o movimento ensandecido, o ir e vir de vidas estressadas, os cães abandonados, os carros e as motos, algumas bicicletas que por vezes ziguezagueavam por entre os carros na rua e as pessoas nas calçada - e que aborrecia os de mais idade - e um ou outro caminhão que por vezes cruzava com sua fumaça sufocante e seu barulho tão grave que fazia o reflexo oscilar...

Naquele instante fustigante, pude ver uma cidade alucinada, de alma suja como a poeira no reflexo que a mostrava, e um mundo real vazio, frio e silencioso...

A vida social ensandecida é falsidade, uma mentira...

A agitação cotidiana é devaneio...

As preocupações e apegos materiais são ilusões vazias.


O mundo real faz de você algo invisível...


A casa abandonada é um coração vazio... a ausência de amigos.

Não ter amigos é estar defronte a uma vidraça empoeirada e ver a correria de uma existência da qual você, de verdade, não faz parte.

Não ter amigos é ter a vida coberta de folhas secas, é passar os dias sendo consumido pelo mato e ter a mente ocupada por folhetos e envelopes desgastados pela ação do tempo...

Não ter amigos é uma quimera.

Esqueça os vidros empoeirados e seus reflexos sujos e ilusivos...

A agitação cotidiana, de velocidade assustadora, atropela o mundo real...

Estar sozinho é estar parado na calçada, com a cabeça cheia de mensagens vazias... folhetos cheios de acontecimentos que há tempo se foram, e envelopes com mensagens que não nos interessam mais...

Seus olhos não veem o mundo real, mas aquilo que você chama de alma - e eu, de consciente inconsciente - confunde-se com as atrocidades que se mostram pela irrealidade que insistimos em tornar parte de nossas vidas.

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Naquele momento, pude perceber toda a poeira que nos cobre, o mato que se alastra, nossas folhas secas e os folhetos e envelopes amarelados e tão marcados pelo tempo, agora tão vazios, mas que insistem em martelar em nossa mente...

O tempo é poeira que nos cobre...

O passado é o castigo...

O inferno...

é só uma casa abandonada...

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FANATISMO


FANATISMO

O fanatismo é a motriz 
das maiores barbáries 
da história da humanidade...

o resto... 
são pormenores...

O fanatismo cega!
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O VENENO LENTO


Cuidado!...
Amor é toxina
que inebria a razão
e deturpa
a alma...
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domingo, 31 de março de 2019

FAÇA A DIFERENÇA


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FAÇA A DIFERENÇA!

É tão desejável estar inserido em determinados grupos, que estes se formam moldados pela “mentira agradável”, pela manipulação, pelas piadinhas disfarçadas para induzir à admissibilidade psíquica. Contrariar “seu grupo”, seus amigos e parentes pode ser muito delicado, gerar conflitos e acabar por excluí-lo do “contexto do círculo”.

Enfim, a falsidade gera sua (falsa) personalidade.

Falar “o mesmo” de algo em voga é “estar na moda”, é estar inserido, agradável e em harmonia a um determinado grupo...

E a moda é o lixo mais fútil da sociedade humana.

Moda é falsidade pura!

Poucos mantém sua personalidade verdadeira...

É mais fácil deixar-se levar pela onda, que atravessá-la.

E a preguiça de pensar também é um pujante fator que determina o arrastar pelas ondas da modinha do momento. É tão cômodo acreditar no que a moda dita que, assim, a maioria da sociedade trilha sua vida.

Moda é uniformidade, é concordância.

As mesmas roupas, os mesmos costumes, as mesmas músicas, os mesmos adornos, os mesmos cortes de cabelo, as cores e as crenças e as falácias... Concordar é estar na moda, inserido em um contexto de um determinado grupo onde você quer estar e ser quisto. Fútil e passageiro...

Você pode acreditar na moda e ser mais um autômato subserviente da corja dominante... ou contrariá-la e ir de encontro ao íntimo de sua personalidade, na contramão da mentira que assola os meios de comunicação e fazer a grande diferença, a verdadeira luta pela verdade.

Faça a diferença!

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sábado, 17 de novembro de 2018

CEGOS POR IMPULSO / PARABÉNS AO GRANDE MESTRE

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CEGOS POR IMPULSO


É uma pena as pessoas serem tão cegamente ludibriadas
e lutarem por causas que não são, realmente, suas
e, assim, deixarem-se levar por essa lavagem cerebral,
esse marketing dominador invasivo,
que as joga de encontro a uma reação,
um abismo profundamente inconsciente...
... é muito triste...




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PARABÉNS AO GRANDE MESTRE 


Grande Hermeto!!!

A verdadeira alma da cultura brasileira, atropelada pela ganância do vazio da dita "cultura popular" ...

Um país que despreza suas riquezas, sejam elas de cunho econômico, social ou cultural, é um país realmente pobre... um povo subjugado ao domínio da cultura estrangeira, da economia globalizada, dotado de uma arrogância elitista e reduzido a um extremo vazio social...

E viva Hermeto Pascoal!

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A PROSTRAÇÃO MENTAL, A IMPASSIBILIDADE E O DESAMOR


A Prostração Mental, a Impassibilidade e o Desamor


(Texto publicado no Jornal Folha do Sudoeste, 10/11/2018)


Passou-se o dia 29 de outubro, Dia Nacional do Livro...

Em meio ao tumultuado cenário político, a data passou despercebida. 

Um amigo, em resposta a uma postagem que fiz sobre este dia, em uma rede social, chegou a citar: não vi um professor fazer qualquer menção ao dia do livro! Verdade; poucos se lembraram... assim como poucos, durante todo este percurso envolvendo as eleições, lembraram-se da ética, do respeito, do bom senso, da moral... até o bom humor deixaram de lado! Poucos conseguiram perceber a cegueira psíquica que assolou em terrenos virtuais e físicos. Vimos pessoas abraçando e defendendo uma causa que não lhes condiz.

Acreditava-se em tudo, qualquer bobagem virava argumento pertinente. Uma mentira escancarada era aceita prontamente e espalhada aos ventos, tão maciçamente e de forma tão repetida, que passava a ser a verdade absoluta. Os então chamados Fake News, com vídeos de alta qualidade de produção e edição, obviamente de alto custo e financiadas por alguém, circulavam feito um ataque de hacker à mente das pessoas. Outros, tão mal editados e visivelmente manipulados, vergonhosamente, também ganhavam a credibilidade de muitos... e era triste ver pessoas, algumas de tão boa formação, acreditar em algo tão infame, tolo e estulto.

Nota-se claramente a falta de um bom livro... de alguns, na verdade!

Mesmo tendo a internet em mãos, de onde, em apenas alguns poucos minutos de pesquisa, era possível desmascarar centenas dessas falsas verdades, muitos não o fizeram... era mais fácil acreditar na enxurrada de mentiras que vinham de encontro ao agrado de seu próprio ego. É aí que entram os bons livros...

A literatura, o hábito da leitura e, principalmente, a diversificação dessas obras cria uma rede própria de discernimento, uma aptidão pessoal para avaliar cada momento, cada informação, com mais clareza e sensatez e, dessa forma, poder hesitar, discordar e perceber com mais perspicuidade; duvidar, questionar e, por fim, buscar conhecimento para poder certificar se a informação que lhe chega é verídica, real e se merece ser relevada e retransmitida, de acordo a sua percepção ética e moral.

Acreditar cegamente, seja no que for, é subjugar-se à submissão.

A subserviência é a mazela do povo.

Temos que manter a lucidez acima de paixões e ódios...

Temos que perceber o quão distorcido tudo, as histórias e informações, sempre chegou a nós. A história se repete a cada instante, com poucas particularidades, adaptadas cada uma a seu tempo, a sua época e às pessoas envolvidas. É possível perceber um modus operandi de determinados grupos, detectar imperfeições táticas no desenrolar dos fatos e olhar o jogo de fora, atento às ambiguidades recorrentes em noticias muito impactantes ou polêmicas.

Na política, tudo é contencioso.

A internet está estupeficando o povo. É esta a nova máquina doutrinadora.

Tornou-se tão fácil e barato manipular maciçamente as pessoas, que o exemplo está aí...

Pudemos ver milhares, muitos dos nossos amigos, parentes e pessoas próximas, tão passivamente, em uma espécie de inércia mental, entregar-se ao proselitismo, abraçarem uma causa e agir com tamanha intransigência, uma intolerância e aversão únicas da estupidez.

Um verdadeiro blecaute mental, uma apatia da razão. A abnegação do seu verdadeiro estado patriótico. Um ufanismo avesso às verdadeiras necessidades públicas.

Vimos a imprudência, a insensatez social, estampada em cinismo.

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sexta-feira, 16 de novembro de 2018

CANTE E DANCE


CANTE E DANCE


Não se esqueça que a pseudo-arte sempre foi usada como mecanismo de doutrinação popular...
A música é, sim, uma forma de aprendizado, 
de incutir ideias, 
de manipular positivo ou negativamente a personalidade
e o inconsciente coletivo...

A "cultura burra" gera povo estúpido... 
infelizmente...

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SINTÉTICA NARRATIVA


SINTÉTICA NARRATIVA 


Eu não sei...

Qual o problema das pessoas?

A cegueira dirigida...

A inconsciência impelida...

Uma animosidade inflamada
por discursos obscuros
e inverossímeis...

Vejo em muitos discursos
apenas uma retórica
do mais puro sarcasmo...

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LIVRE...MENTE


Mantenha sua Mente Livre... 
Somente quem pensa, 
vive livremente...




O MST E O ILUSIONISMO SOCIAL


O MST E O ILUSIONISMO SOCIAL



A contrapropaganda jogou a organização nos abismos das mentes do povo brasileiro.

Taxados de criminosos, escória, vagabundos e terroristas, por décadas de ataques do que hoje chamamos de fake news, o MST tem sim, como em qualquer outro grupo, oportunistas infiltrados, a banda podre... assim como tem a Polícia, a Medicina, a Igreja Católica, a Veterinária e até os movimentos artísticos... Mas você não pode taxar o MST de Podre, assim como não pode dizer que a música baiana é um lixo, ouvindo Psirico...

O maior problema que atrai oportunistas ao movimento é o modelo de reforma agrária... a posse da terra.

Enfim...

Ninguém quer conhecer o lado bom do MTS... 

É tão desejável estar inserido em determinados grupos, que estes se formam moldados pela “mentira agradável”, pela manipulação, pelas piadinhas disfarçadas para induzir à admissibilidade psíquica. Contrariar “seu grupo”, seus amigos e parentes pode ser muito delicado, gerar conflitos e acabar por excluí-lo do “contexto do círculo”.

Enfim, a falsidade gera sua (falsa) personalidade

Falar “o mesmo” de algo em voga é “estar na moda”, é estar inserido, agradável e em harmonia a um determinado grupo.

E a moda é o lixo mais fútil da sociedade humana. 

Moda é falsidade pura!

Poucos mantém sua personalidade verdadeira...

É mais fácil deixar-se levar pela onda, que atravessá-la.

E a preguiça de pensar também é um pujante fator que determina o arrastar pelas ondas da modinha do momento. É tão cômodo acreditar no que a moda dita que, assim, a maioria da sociedade trilha sua vida.

Moda é uniformidade, é concordância. As mesmas roupas, os mesmos costumes, as mesmas músicas, os mesmos adornos, os mesmos cortes de cabelo, as cores e as crenças e as falácias... 

Concordar é estar na moda, inserido em um contexto, de um determinado grupo, onde você quer estar e ser quisto. Fútil e passageiro...

Você pode acreditar na moda e ser mais um autômato subserviente da corja dominante, ou contrariá-la e ir de encontro ao íntimo de sua personalidade, na contramão da mentira que assola os meios de comunicação, e fazer a grande diferença, a verdadeira luta pela verdade.

O MST pode ter muitos aproveitadores infiltrados, como também tem qualquer outro grupo ou entidade no mundo todo... mas pode-se ter a certeza de que é “alvo” porque incomoda o “sistema dominante”.

E basta uma pequena pesquisa na internet para encontrar:

- Assentamento no Sul da Bahia se destaca pela produção orgânica de Cacau;

- Assentamento Conquista, em Dionísio Cerqueira, Santa Catarina, é símbolo de Cooperação agropecuária, reconhecido mundialmente (contam com Frigorífico de aves que produz o frango “Terra Viva”; além de peixe, suínos, hortaliças, leite e outras produções agrícolas);

- Assentamento Missões é líder na Produção Leiteira de Francisco Beltrão, Paraná;

- Assentamento Faz. Reunidas, em Promissão, São Paulo, é modelo de produtividade e confirma a expressividade para a economia local - "Desde que o assentamento veio para cá, a taxa da Declaração para o Índice de Participação dos Municípios (DIPAM) já aumentou cerca de 40%", afirma a Câmara dos Vereadores do município -;

- 22 Assentamentos fazem do Rio Grande do Sul o maior produtor de arroz orgânico da América Latina, sendo exportado para os Estados Unidos, Alemanha, Espanha, Nova Zelândia, Noruega, Chile e México.

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Há muitos outros exemplos... 

Agora, querem criminalizar os movimentos sociais, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)... 

Criminalizar movimentos sociais impede, também, qualquer outra organização ou mobilização de grupo... não está restrito somente ao MST.

"O crime de terrorismo já está tipificado na nossa legislação. O que querem com este projeto, na verdade, é estender qualquer tipo de crime para os movimentos sociais. É um ato de censura, de combate ao direito de ir e vir e à liberdade de manifestação, conceituado na Constituição. Se o governo de Jair Bolsonaro quer fazer isso, que coloque as mãos nisso a partir do ano que vem, mas não este ano", disse o senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP).

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Acordem!

O MST não é nenhum Al-Qaeda... que, este, aliás, formado com apoio dos EUA, tem muito mais a ver com isso que hoje nos domina, nosso governo.

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