O TEMPO
O tempo é o feijão no prato dos desafortunados,
A cicatriz que acusa nossos erros,
O medo de caminhar pelo vazio.
A cicatriz que acusa nossos erros,
O medo de caminhar pelo vazio.
O tempo, há tempos...
É a esperança que nos encoraja
e a lamúria que afugenta...
É a esperança que nos encoraja
e a lamúria que afugenta...
Temos tempo pra ter tempo...
Mas - na vida - não temos tempo pra ter medo...
Mas - na vida - não temos tempo pra ter medo...
O tempo é um carro velho que atropela,
O amor rasgado em desespero,
O calor que cede e morre de frio.
O amor rasgado em desespero,
O calor que cede e morre de frio.
O tempo, há tempos...
É o lamento que nos desalenta
e o júbilo que ao vento aplaude...
É o lamento que nos desalenta
e o júbilo que ao vento aplaude...
Temos tempo pra perder o tempo...
Mas - na vida - procuramos tempo pra exprimir coragem...
Mas - na vida - procuramos tempo pra exprimir coragem...
O tempo é água suja na cabeça dos bem-aventurados,
Ferida aberta que escancara a alma,
A coragem de correr pelo absoluto.
Ferida aberta que escancara a alma,
A coragem de correr pelo absoluto.
O tempo é mácula,
O escárnio que constrange.
O escárnio que constrange.
O tempo fere...
e cura...
há tempos...
...
e cura...
há tempos...
...
Belo poema, meu amigo!
ResponderExcluirQue esse tempo não se esvaia sem termos tempo de sermos nós mesmos e amarmos intensamente!
Com certeza... Vemo-nos, cada vez mais, tão atrelados às futilidades tecnológicas, que esquecemos de dar tempo ao verdadeiro tempo...
ExcluirPelo visto tenho companhia no tema tempo que muitos querem esconder para não admitir que já se vai o tempo das letras, das palavras, dos versos e estrofes. Tudo fica num tempo passado e só quem vive intensamente sabe o valor.
ResponderExcluirAssim, por um erro no tempo, apertar o [Publicar], tenho mais uma visão do tempo, seu poema, para dialogar. Muito grato e parabéns.
ResponderExcluirObrigado, amigo!
ExcluirParabéns pelo poema Claudemir!
ResponderExcluirMuito obrigado, meu amigo...
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