segunda-feira, 22 de março de 2021

UM BEIJO DE MEFISTÓFELES


UM BEIJO DE MEFISTÓFELES


O inimigo da luz, pérfido, sobrevoa

A escuridão que a mim chega em brumas

Iniciação...


As flores pairaram em minhas mãos

Seu sorriso ficou tão ferido

Ou não!


Tem uma espada cravada em meu coração

Sentimentos perdidos...

Em vão...


Sinto as verdades espalhadas por todo chão

Tantos amigos esquecidos

Então...


A morte permeia entre a solidão

Tanto tempo contido

E veneração...


Eu não ouço mais aquela bela canção

O silêncio enclausurado na mente

Desintegração...


Os sentidos esmagados pela escuridão

Succubus triste que me olha sentida

Autoavaliação...


Anjos, sentados, que me calam

Secam meu coração

E não há mais sentido, não...


Demônios, dançando, que me abraçam

E a morte disfarça...

Olhar fixo, pega em minha mão


Anjos sussurram em meus ouvidos

Mas não quero ouvir

Sentimentos feridos


As bruxas que me encaram de perto

E eu não posso ver

Mágoa cega e desolação


De tudo que já vi, qu'eu sei, ou vivi

Nunca mais vou poder falar

Por completo, perco a razão...


Não vejo mais as chamas queimarem os pecados

Não ouço os gritos dos desesperados

Não falo, para não acordar o medo...


Que habita em mim...

...

..

.


o medo habita em mim


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