terça-feira, 26 de maio de 2020

PALAVRAS SÃO PALAVRAS


PALAVRAS SÃO PALAVRAS


Como são as coisas...

Veja só... Você - um ser fora d"o jogo" - está sempre seguindo as grandes "armações político-marqueteiras", seja de que lado for, nessa briguinha quimérica entre "direita" e "esquerda", digna de prostitutas disputando o ponto em uma esquina... brigando por um ideal infame, mesmo sabendo que, de qualquer jeito, "vai levar pau".

Ainda não tirei um tempo para assistir, por completo, o vídeo divulgado, da tal reunião ministerial... O que vi foram trechos, e já foi o bastante...

O povo, simplesmente, endoidou!

Que merda está pensando, afinal?!?!

O ser de esquerda, o ser de direita... que infortúnio...

Ambos foram induzidos a olhar, a focar e a comentar, criticar ou defender, apenas os detalhes fúteis.

Ora, o que, afinal, você esperava ouvir destes caras? Nós vemos pronunciamentos destes sevandijas a todo o momento... e sempre foi um lixo!... Claro, uns se enojam, outros aplaudem; tal qual a reação frente a um monte de excrementos, onde uns procuram desviar e as moscas... lambem... 

Sempre foi assim!

Portanto, do que vi, nada é novo e inesperado... É só mais do mesmo e, agora, a portas fechadas...

Vejo muitos - a maioria - criticando ou defendendo (?!?!) o evento dos "palavrões" pronunciados... Ora, não era uma reunião aberta ao público... então, não faz muito sentido perder tempo focado em criticar isto. Mas, da mesma forma, também não faz sentido usar-se disto para enaltecer a personalidade de quem quer que seja. Afinal, o ser em questão - o alvo desta contenda - é um político, abjeto como muitos outros, que foi capaz de gastar, de uma única vez, e por várias vezes, mais de R$4 mil para abastecer seu carro, no Rio de Janeiro, mesmo quando em Brasília... isso mesmo; mais de 1.000 litros de gasolina por abastecida... imagino que seja um carro dos grandes... do tamanho da ingenuidade de quem dá a cara a tapas por um político, um estranho, um ser que já deixou bem claro a que/quem serve.

Bem, o presidente disse uma ou duas dezenas de palavrões... ou mais de duas... pelo menos, do que consideram palavrão... 

De verdade!?... tô nem aí!

Olha... por mim, em "reunião fechada", ele poderia até tirar o autor da "fraquejada" pra fora das calças e bater na mesa, contanto que realmente governasse decentemente o país... mas não está!

E você está preocupado com palavrões? Deveria preocupar-se com o porquê de quererem tanto que você olhe somente para esta "pifiosidade"... 

Preste atenção, não seja tão influenciável... os ditos palavrões, a esta altura da embolada, é o que menos importa... Ou você está preocupado em bater palminhas pro seu ídolo, achando lindo a criancice descabida? 

Ôh, inteligentão! É o Presidente da República... não é nenhum dos seus companheiros de boteco... 

Ele não deveria, mas pode proferir a imbecilidade que quiser, a porta fechada... mas você não pode exaltá-lo por isso...

Por fim, palavras são nada mais que palavras...

Eu posso dizer palavras lindas e sutis e, com sarcasmo, querer mesmo que você se dane... e posso dizer alguns dos ditos palavrões e realmente expressar nossa amizade... pois, os verdadeiros amigos sabem interpretá-los muito bem.

Por fim, a maldade das palavras está na cabeça de quem ouve.

Eu mesmo falo muito destas palavras... e não vejo mal algum nisto. Claro, depende da ocasião... mas a portas fechadas, com uma dúzia dos meus... ah, meu amigo... F#&@-$e!

Não sei bem quem... e também ainda não sei a real intenção... mas alguém deu o pontapé inicial nesta sequência de postagens, focando nos tais palavrões... e você caiu!

Há coisas mais importantes a serem discutidas... Ouvi pronunciamentos ruins para todos nós. Admito que algumas razões, mas muitas prevaricações, muitos desregramentos.

Estão tripudiando a nossa impotência frente ao domínio...

E você...

preocupado com palavrões...

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quinta-feira, 21 de maio de 2020

TOLICE UNIVERSAL


TOLICE UNIVERSAL



(Texto escrito para o Jornal Folha do Sudoeste, no ano de 2005)


Foi difícil aprender que a gente tem que respeitar a realidade; e mais difícil, foi aprender que ela não tem nenhum motivo para nos respeitar” (Eduardo Galeano).


Não canso de repetir que a falta de atitude em relação a coisas tão pequenas far-nos-á, algum dia, pecar com coisas maiores.

Dirigidos pelos insistentes discursos jornalísticos, ou por mera preguiça “do pensar”, guiados pela opinião de algum dos “milhares de experts no assunto”, reclamamos a todo instante do descaso e corrupção política, mas em contrapartida, nada fazemos para as coisas serem diferentes.

Que exemplo damos a nossos filhos, omitindo ou se mantendo omisso às coisas cotidianas, varrendo – “quando varremos!” – pequenas “sujeiras” para debaixo do tapete?

Vamos ser sinceros: será que não faríamos as mesmas barbaridades, se estivéssemos na mesma posição que nossos políticos?

Se somos capazes de subornar um guarda, furar uma fila no banco ou simplesmente deixar de coletar as fezes de nossos cães, das calçadas... é quase óbvio... Muitos dirão não ser a mesma coisa; mas sinto muito desapontar... É a mesmíssima coisa!

Na verdade, falamos demais.


Às vezes, manter-se calado é uma grande virtude.


O silêncio é o ouro dos pobres”, enfatizou Chaplin, com sua simples e modesta genialidade.

E o ser humano – em especial, nós, brasileiros – adora opinar: quem matou a menina, quem foi o responsável pela queda do avião, quem atirou primeiro, teve tiros antes ou depois, quem foi o culpado... Afinal: todo mundo opina, critica, acusa e – em pouco tempo – esquece... Não tenho muita opinião sobre estas coisas e, aliás, respeito as fatalidades, a dor dos familiares, mas creio que esse martírio de informações saturadas beira a “banalidade das telenovelas jornalísticas”... E eu, com minha vida simples, não tenho nada a ver com isso. Não quero saber de quem foi a culpa do acidente do avião que seja, quem jogou a menina da janela, se ela já estava morta ao ser jogada, se a bomba estourou antes ou depois de algum disparo de arma de fogo de “um corno amargurado”.... Ora, se quer matar a ex-namorada, que entre lá e acabe tudo com um só disparo, não fique lá fazendo “novela”, gastando o dinheiro que pagamos em impostos para serem usados para segurança pública... a polícia tem muito mais o que fazer que ficar lá plantada por dias, impedindo a vida normal, o direito de ir e vir e a privacidade de centenas de pessoas que nada tinham a ver com aquela banalidade. É trágico? Claro que sim!!! Mas ninguém mais, além daquelas poucas pessoas envolvidas, tem a ver com aquilo tudo. Não é questão de insensibilidade... mas se eu estivesse no comando, sinceramente, daria ordens para acabar com o covarde, na primeira aparição na janela... um só disparo, certeiro, bem no meio da testa... pronto!... tudo resolvido... e, assim, voltaríamos a nossa vida normal. Simples assim... E com o “bônus” de duas vidas; duas garotas a salvo.

No Brasil é assim: ninguém sabe, exatamente, o que se passa com sua própria vida, com seus familiares, em sua casa; mas o interesse pela vida alheia, a vontade utópica de estar envolvido, de alguma forma, com fatos que fogem a sua realidade, de quebrar a barreira da individualidade, da particularidade dos problemas de um terceiro, é um alarde popular. Mas claro, sei que isso é um fenômeno universal, humano. Não é exclusividade de nós brasileiros... O ser humano é mesmo assim... O brasileiro só é... como posso dizer?... um pouco mais... não... muito mais!

Agir de forma segura e prudente, calculando uma possível falha que possa causar acidente, não faz parte do cotidiano do povo brasileiro. Graças ao “apreço” que temos com a “Mãe Natureza”, não temos vulcões, terremotos, maremotos, furacões ou qualquer outro fenômeno de maior gravidade... senão, seria nosso fim.

Sei que – infelizmente – os brasileiros são assim: só tomam atitudes depois que o pior acontece. É quase um atestado de burrice, cultural do brasileiro. A cultura da estupidez. O brasileiro só passou a usar cinto de segurança, quando começou a receber multas, e olha que é um acessório de segurança pessoal. Prestem atenção no cheiro terrível que exalam as “bocas-de-lobo” (bueiros) nos centros de nossas cidades... Saibam que é porque muitas construções lançam seus dejetos (esgoto) em tubulações de água pluvial (que só deveriam escoar águas de chuva). Isso denota a arrogância, o mau-caratismo, o desdém para com a sociedade que convive... Não interessa o bem estar, a saúde, o meio ambiente ou sequer o bom senso. São sim, irresponsáveis, corruptos, inescrupulosos e não estão nem aí para o problema... nem mesmo se este problema também os afete.

Aquela velha mania de brasileiro, de esperar que os outros façam primeiro – ou de pensar: “ah, todo mundo faz mesmo...”, “ah, é só uma coisinha de nada...”, “do que adianta eu me preocupar, ninguém respeita mesmo!” – é o problema de tudo que sofremos. É um problema, um paradigma, de centenas de anos, herança de nossa colonização. Quem povoou as terras brasileiras, veio atrás de riquezas, bem no estilo “custe-o-que-custar”, o mesmo estilo que vivemos até os dias de hoje... Não tinham o hábito da leitura e não tinham outra opção de escolha.

Assim somos nós: herança de um povo sem cultura, oportunista e sem qualquer escrúpulo.

E o que fazemos para mudar essa situação?...

Nada!

Nossos filhos estão aí, assistindo nossas atitudes, aprendendo nossos erros e manias – e não, infelizmente, aprendendo com –.

É isto...

Infelizmente estamos seguindo o mesmo caminho que nossos colonizadores...

e vamos estar nele...

até que as pequenas atitudes...

façam

a diferença.



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terça-feira, 19 de maio de 2020

A CLOROQUINOLÂNDIA


A Cloroquinolândia:
Uma Paródia da Vida Real


(Texto publicado no Jornal Folha do Sudoeste, 23/05/2020)


O que é isso, minha gente!?!?!

O fanatismo agora surfa nas ondas bioquímicas...

... a tal Cloroquina virou ídolo; o Mito da Indústria Química Farmacêutica.

Essa "miracle drug" brasileira (???) descoberta por Hans Andersag, um austríaco, que trabalhava na Bayer, na Alemanha, virou o objeto de lateralidade da vez. Algo – assim como na política – do tipo que "se você não apoia" fervorosamente, você passa a ser inimigo declarado ... tipo um "Vai pra Cuba!", na versão química...

Andersag sintetizou a molécula em 1934... e esta "foi inicialmente rejeitada por ser muito tóxica", até 1945 (assim diz a história), quando, então, nos EUA e também na Austrália descobriram seu efeito contra o Plasmodium, o protozoário causador da Malária... e assim, dentre tudo que havia disponível na época – substâncias ainda mais tóxicas – passou a ser a única opção contra a malária...

Em 10 ou 11 anos de uso, começaram a surgir casos de cepas resistentes. Os EUA (que conta, contra o estado, com um processo movido por ex-combatentes da guerra no Vietnã), usava Cloroquina, profilaticamente, em seus soldados e perceberam rapidamente a crescente incidência de malária entre as tropas... e, posteriormente, seus efeitos adversos, dentre eles, psicose... (informações constantes nos arquivos históricos da Stanford University).

O mecanismo de ação desta droga se dá por reações metabólicas de ligação... se une à Porfirina, que por si só, em "acúmulo", pode levar a distúrbios neurológicos. Passa pelo metabolismo hepático e renal, podendo causar perda de função destes órgãos... até aí, tudo bem... de repente, é a única opção... mas isto pode levar a sérios distúrbios, como: retinopatias, problemas relacionados ao sistema hematopoiético e anemia hemolítica, miastenia, porfiria, surdez, psicose e outros transtornos neurológicos (Pois é... é exatamente o que os filmes hollywoodianos nos mostram: soldados com severos transtornos psíquicos ou “traumas de guerra”), enfim... Mas, de repente, é mesmo a única opção...

Agora, andam replicando, nas redes sociais, uma postagem totalmente descabida. O disparate em questão, infantilzinho até, começa citando efeitos adversos, distúrbios que pressupõem à Cloroquina, mas que no fim esclarece ser da Novalgina...

Quanta bobagem!!!

O pior é que esquecem que, até então, bradavam que a Cloroquina era vendida sem prescrição, sem receita, livremente, em qualquer farmácia e que, por isto (!!!), não era nada perigosa, que havia exagero e “hipocrisia”...

Mas eu – pessoalmente – disse isso a dezenas de pessoas: que não é porque era comercializada livremente, que não causa danos. Temos muitos exemplos para isto, dentro e fora da farmacêutica. A Água Sanitária é neurotóxica e praticamente todos a tem em casa... Um simples “remedinho” para azia ou refluxo gástrico, vendido e usado livremente, pode causar danos renais graves (é o que diz um artigo no “Journal of the American Society of Nephrology”)... e droga é droga... todas, sem exceção, causam algum dano, em menor ou maior grau.

E, por fim, essa banalidade, essa afetuosidade doentia por uma droga, nem vem ao caso... a questão é: "confirmação científica"... funciona realmente?

Se você não sabe, vou trazer-lhe uma informação bastante relevante: Por volta de 2015, a Cloroquina foi proposta como uma solução aos casos de microcefalia, causados pelo Zika Vírus... funcionou maravilhosamente bem "in vitro"... em testes de laboratório!!! ... e foi só... passaram-se cinco anos (5!!!), e, até que eu saiba... nada! Nada de definitivo!

Eu sei, Zika é Zika, Corona é Corona... mas a questão é: De novo!?!? Novamente vamos morrer no "in vitro", nas promessas, na esperança? As reações metabólicas, importantes para a ação positiva contra o agente, são muito complexas e podem "inativar" a ação esperada...

Sei que estão todos esperançosos, mas há muitas informações desencontradas, muita “Fake News”. É Cloroquina, Ivermectina... o que mais ? Afinal, essa coisa é vírus ou um berne? Desculpe a piada, mas está muito ridículo esta situação de “torcida fervorosa” para com um medicamento. São, todos, parasiticidas... e o vírus cumpre um ciclo muito mais complexo; não é a mesma coisa! Pode, um dia, haver confirmação de que algum desses princípios funcione? Pode! Mas não é o que temos, até então... o que temos são esperanças... e o que vemos é pura politicagem. E a política não pode, de forma alguma, atropelar a ciência.

O Laboratório Químico Farmacêutico do Exército Brasileiro (detentor do registro da Cloroquina 150 mg, na ANVISA) produzia cerca de 125 mil comprimidos da droga, por ano... Agora – sob ordem presidencial – apoiado pelos Laboratórios Farmacêuticos da Marinha e da Aeronáutica, passou a produzir 1 milhão de unidades por semana (isto equivale a uma produção de 48 milhões ao ano, uma produção 384 vezes maior).

Ah, certo... agora vamos ter que consumir as toneladas que o presidente ordenou ao exército que produzisse, porque vencem em 2022 e é centenas de vezes maior que o habitualmente consumido no país... Ah, já ia esquecendo: e tem também os dois laboratórios – “apoiadores” do governo – que também abasteceram seus estoques de matéria-prima sob "promessa" de consumo... será que é possível entender?

Enfim... Cloroquina é só um reflexo do fanatismo político... infelizmente, até o momento... só...


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domingo, 17 de maio de 2020

AH, TEMPO!


Ah, tempo!

O mundo gira,
o tempo passa,
a vida dá voltas...

"rotação e translação",
"em uma conta que não fecha"...
"aqui se faz, aqui se paga!",
essa reza, pra mim,
é maldição.

O mundo gira...
a vida dá voltas...
e o futuro nada mais é
que um eco do passado... 

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Tempo


terça-feira, 12 de maio de 2020

ALGUÉM LÊ?



ALGUÉM LÊ?

É uma pena que quem deveria ler, não lê...
... e se lê, não entende...
... e se entende, finge que não leu...

Infelizmente...
Infelizmente, mesmo!

É incrível e inacreditável, em um mundo tão globalizado e de informações tão difusas...
... ter tudo tão às mãos e tão fácil...
... e ver tantas pessoas acreditando em tanto absurdo.
Não sei se imbecilidade chega a ser tão ofensivo...
... sinceramente, acho, inocência, muito mais...
... pois não vejo como ser tão inocente, com tanta informação...
É simplesmente lastimável!

Deplorável mundo desgovernado!

Ter "memes" como única fonte de informação?

E assim seguimos...
... e vamos de encontro a um futuro caótico...

E continua tudo igual...
... poucos leem... 
... dos que leem, poucos entendem... 
... e dos que entendem...
... poucos darão importância...
... e muitos fingirão que não leram.

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